quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Overlord Volume 12 - Capítulo II Procurando Salvação, Parte 4

Parte 4



Eles caminharam pelas ruas de E-Rantel. O destino do grupo era a pousada que os guardas do portão lhes disseram que era o estabelecimento de alta classe nesta cidade, o Shining Gold Pavilion.
N/T: Deixei em inglês para facilitar a busca na internet.
(Shining Gold Pavilion: Pavilhão de Ouro Brilhante.)

Neia olhou para as diferentes pessoas pelas ruas.


As palavras de Ryraryus lhe deu a impressão de que esta nação estava cheia de semi-humanos e mortos-vivos. No entanto, a realidade era bem diferente - a maioria dos pedestres era humanos.

Os únicos mortos-vivos que viu era grupos dos mesmos mortos-vivos que tinha visto perto dos portões da cidade, bem como os mortos-vivos em forma de cavalo com corpos de ossos e névoa que puxavam carruagens. Não havia outros tipos além deles.

'Por outro lado, havia todos os tipos de semi-humanos.'

Um grupo de goblins andou pelas ruas em uma formação distinta, cada um deles transmitindo a aura de um veterano. Isso imediatamente quebrou a impressão que Neia tinha dos goblins. Não, não era apenas Neia que pensava assim. Suspiros de surpresa vinha do agrupamento de paladinos.

Havia também um semi-humano com um rosto de coelho vestindo um uniforme de empregada, bem como um semi-humano bípede, como um sapo, mas só tinha visto um de cada na cidade.
N/T: Será que é aquele do Volume 10? Acho que o sapo se refere aos 'toadman' que são mencionados no Volume 08.

'Parece mais normal do que eu imaginava... bem, não é exatamente normal, mas ainda é bem semelhante a uma nação humana. Dificilmente alguém poderia dizer que está sob o controle de um terrível rei morto-vivo.'
N/T: Em inglês 'Under the Thumb' significa estar sob o controle de outra pessoa ou usado para descrever uma pessoa que obedece a outras pessoas; um pau mandado, puxa-saco. Abçz

Não existia olhares de medo nos rostos da população caminhando pelas ruas. Neia não tinha certeza se isso era porque eles se aceitaram, se acostumaram, ou decidiram que não havia necessidade de se preocupar em viver com os mortos-vivos. No entanto, não tinha sinais de desordem nas ruas. Às vezes, ela até ouviu o som de crianças brincando e rindo.

'Isso é bem melhor em comparação com Jaldabaoth, eu acho.'

Naquele momento, Remedios de repente parou seu cavalo. Uma vez que sua líder, que estava viajando a frente do grupo parou, o resto não tinha escolha senão seguir o exemplo.

"Com licença, anão-san. Posso fazer algumas perguntas?"

Remedios estava se dirigindo a três anões que trabalhavam ao lado de uma rua. Tinha também três esqueletos que realizavam movimentos na terra sob as ordens dos anões.

O choque cultural que recebeu depois de entrar na cidade foi tão grande que agora era pouco em ver esqueletos. Sentiu um alívio em sua mente que viu um oponente que ela poderia vencer.

"O que? Quem são vocês? De qual país vocês vieram?"

"Peço desculpas por falar em cima do cavalo. Porém, somos do Reino Santo e estamos à procura da pousada conhecida como Shining Gold Pavilion. Poderia me indicar como chegar lá?"

"Shining... Shining Gold Pavilion? Ahhh, esse é um lugar muito elegante."
N/T: Anime não passou essa impressão.

Os anões deram instruções grossas. Ainda assim, divergiu ligeiramente do que os guardas do portão lhes disseram e sentiu que estavam desviando um pouco da rota. Contudo, seu real objetivo não era pedir orientações.

"Entendo. Muito obrigado. Gustav, um sinal de apreciação."

Gustav desmontou de seu cavalo e pegou uma pequena bolsa de moedas.

"Você sabe que tudo o que fizemos foi dar instruções, certo?"

"Está tudo bem. Afinal, interrompemos seu trabalho."

"Mesmo? Bem, desculpe por isso."

Os anões aceitaram o presente de Gustav e sorriram.

"Bem, recebemos um bom dinheiro, agradeceremos os homens e mulheres do Reino Santo por isso."

"Não, não há necessidade... mas o que vocês estão fazendo aqui?"

"Hmm? Você não sabe dizer apenas olhando? Estamos colocando ruas e estradas. Sua Majestade ele mesmo solicitou isso a nós. Embora seja principalmente a população que está fazendo o trabalho, estamos aqui para servir como assessores técnicos."

*Gahaha Gahaha*, os anões riam com entusiasmo.

"Entendo. E esses mortos-vivos aí...? "

"Eles são esqueletos que Sua Majestade nos emprestou, você não pode dizer? Ah, honestamente, você não pode vencer os mortos-vivos quando se trata de trabalho manual. Certamente mudou minha visão sobre eles."
N/T: Seu jeito demonstra que eles pensam que Remedios sabe como funciona o Reino Arcano.

"Controlando mortos-vivos, hein..."

"Não é como se fosse uma surpresa... Bem, acho que não pode ser evitado porque você é um viajante. Ainda assim, só vai ficar no Reino Arcano? Ouvi dizer que os mortos-vivos estão fazendo coisas nas aldeias próximas. Afinal, eles podem completar tarefas tediosas como plantar e assim por diante com apenas um pedido. Quero dizer, olhe, os mortos-vivos não se cansam, eles não dormem e eles não comem. Além disso, eles também entendem o que queremos, então eles fazem de forma fantástica quando recebem uma tarefa. As coisas são o que são, você nem precisa trabalhar como um cachorro. Até o nosso país está começando a fazer uso deles também."

"Por seu país, você quer dizer a nação de anões ao lado do Reino Arcano?"
N/T: A 'Azerlisia Mountains' separa o Império do Reino Re-Estize, então aparentemente E-Rantel fica ao lado.

"Sim. É de onde viemos, mas agora ficamos no distrito semi-humano do Reino Arcano."

"Distrito semi-humano?"

"Sim. É onde todas as raças que não são humanas vivem. Eles dizem que costumava ser o distrito de pobres desta cidade, mas foi derrubado. E então foi reconstruído para permitir que todos os tipos viva vidas confortáveis. Bem, talvez demore um pouco antes de terminar, mas o trabalho das habitações menores - como nós, anões, por exemplo - já começou."

"Originalmente, nós viemos aqui para assumir o controle desse trabalho de construção!"

O colega do anão apareceu na conversa.

"Entendo. Mas se o distrito de pobres foi derrubado, para onde os residentes foram?"

Os olhos de Remedios foram para os mortos-vivos.

"Não temos certeza, mas acho que foram enviados para as aldeias ou algo assim. Há muitas aldeias destruídas e abandonadas ao redor da cidade, e ouvi dizer que foram enviados lá para reconstruí-las e trabalhar nos campos. E é aí que ser capaz de controlar os mortos-vivos é útil. Se não me engano, começaram a cultivar em larga escala com os mortos-vivos, ou algo assim. É por isso que os preços dos alimentos neste país são tão baratos."

"Não importa se é barato! O importante é que é bom! Ahh, e o vinho! Ohh, eu engordei depois de me mudar para esta cidade!"

"Se eu voltar de novo como estou, minha esposa vai gritar "Cadê a minha parte!". É melhor que emagreça antes de voltar para casa!"

"Ahh, nós realmente tivemos sorte na loteria!"

*Gahaha Gahaha*, os anões riam novamente.

"Então, e aqueles mortos-vivos em forma de cavalo. Você conhece seus nomes?"

Undead Horse do WoW

"Sei lá. Ainda assim, não importa se não sabemos certo? Eles não estão prejudicando ninguém. Eles são um monte de ossos, mas eles são fortes, os fazem perfeitos para mover mercadorias, certo?"
N/T: Em inglês a expressão idiomática 'Beat Me' não significa me bate, e sim 'Sei Lá'.

"Entendo... obrigada!"

"O mesmo aqui. Boa sorte para todos vocês!"

Depois de dar a bolsa aos anões, o grupo continuou em direção à pousada mais uma vez.

"Capitã, por que você perguntou o nome dessa criatura em forma de cavalo?"

Neia ficou iludida. Ela pensou que era o que mais interessaria a Capitã.

"... Gustav. Isso é porque você estava agindo de forma estranha quando viu essa coisa."

"Sério...?"

"Diga, você conhece o nome daquele morto-vivo?"

"... Bem, um nome me vem a mente... mas acho que devo ter cometido algum erro. Não pode ser, eu provavelmente estou enganado. Não consigo imaginar como essa criatura pudesse ser controlada."

"Hmm-mm Bem, se você diz, então assim seja"

E esse foi o fim de tudo.

Em pouco tempo, as instruções que seguiram os trouxeram até uma pousada luxuosa, provavelmente o Shining Gold Pavilion que os guardas do portão lhes recomendaram. Enquanto seu nome estava escrito no letreiro, a escrita do Reino era diferente do Reino Santo, de modo que eles só podiam adivinhar o que dizia. O Reino e o Império já tinham sido o mesmo país, então havia muitas semelhanças entre eles, mas o Reino Santo nunca tinha sido atado a nenhum desses países, então eles diferem muito.


Shining Gold Pavilion do Anime.

"Gustav, vá na frente e reserve nossos quartos."

"Entendido. Ei, vocês dois, comigo."

Gustav levou dois paladinos com ele para a pousada. Minutos depois, um deles voltou.

"Capitã, nós reservamos os quartos com sucesso. Os estábulos estão atrás da pousada, então eles gostariam que levássemos os cavalos para lá."

"Tudo bem, entendido. Escudeira Baraja, leve os cavalos."

"Entendido!"

Ela amarrou as rédeas dos cavalos em uma árvore na frente da pousada, e então ela os levou até os estábulos um a um. Cuidar dos cavalos era um trabalho de escudeiro, mas a pousada também era obrigada a ajudar, e assim Neia aceitou sua ajuda e entrou na pousada.

Ela sentiu uma fragrância no ar e pensou: ‘talvez seja para evitar que o fedor dos estábulos entre.’

Era de algum tipo de madeira perfumada ou algum perfume?

Do lado de fora, parecia ser do mesmo nível que a pousada do Reino, mas depois de ver o interior, parecia ser um pouco acima do último. Ela até se sentiu um pouco envergonhada por dentro com seu corpo que estava sujo - se banhar para eles era  apenas enxaguando com água até pensar que não fediam - de suas viagens longas.

Neia deu um passo à frente para o quarto que os funcionários da pousada contaram para ela e bateu na porta.

"Quem é?"

"Escudeira Neia Baraja."

Na frente da porta estava um paladino, ainda com armadura. A diferença entre E-Rantel que eles imaginaram e o que eles realmente viram fazia com que eles sentisse que descansar seria uma perda de tempo, e então eles decidiram agir sem demora.

"Você chegou bem a tempo. Estamos prestes a começar a reunião."

Enquanto ela se perguntava se precisava participar, não era bom perguntar demais. As pessoas no topo falam, e obedece-las era o curso de ação.

"Então, vamos pedir uma audiência com o Rei Bruxo como planejamos. Gustav, estou contando com você."

"Entendido, Capitã. Mas o que mais devemos fazer além disso? O plano original era conhecer pessoas poderosas e pedir ajuda..."

Desde que Momon era um aventureiro, originalmente planejaram dirigir-se à Guilda do Aventureiro. No entanto, de acordo com Ryraryus, a Guilda do Aventureiro agora foi fechada, e os pedidos foram tratados pelos subordinados do bruxo.

"Deixe-nos ir na Guilda de qualquer maneira. Vamos ver se não podemos atrair alguns aventureiros desocupados que possam vir ao Reino Santo."

"Compreendo. Nesse caso-"

Gustav deu ordens a dois paladinos, e eles imediatamente se movimentaram.

Neia imaginou que tipo de tarefas lhe seriam dadas.

Geralmente, era um trabalho do escudeiro polir a armadura e as espadas dos paladinos, lavar a roupa, entre outras tarefas. Passar e ajeitar suas roupas amassadas também fazia parte disso. A maioria dos paladinos já passaram por essas experiências.

'Embora, isso não seja o caso da nossa incrivelmente talentosa Capitã, que se tornou uma paladina...'

"Então, e os outros? Eles vão esperar dentro da pousada?"

"Ahh, quando eu estava reunindo rumores no Reino, fui levado a acreditar que seria uma cidade escura e sombria. No entanto, é muito mais comum do que eu esperava... Confiar em deixar algumas pessoas lá fora não representaria um problema?"

"Embora seja difícil dizer de certa forma, acredito que não aja um perigo inesperado nisso."

"Dessa forma? Então, várias pessoas vão para os templos e veja se podem ajudar a nos apresentar a Momon."

"O governante desta cidade é o Rei Bruxo, um morto-vivo. Ele não deve ter um bom relacionamento com os templos, não?"

"Ainda assim, somos paladinos. Onde deveriamos ir se não aos templos?"

Gustav ficou com um olhar amargo no rosto. Remedios tinha um ponto.

"Isso é... também é verdade."

"Além disso, também seria bom ver e ouvir sobre a vida na cidade pelo povo, além do que o Rei Bruxo nos permitiu ver, certo?"

"Você tem razão..."

Mas o que eles deveriam fazer se vissem algo que eles, como paladinos, não podiam tolerar?

Gustav estava tendo problemas para responder porque estava pensando nessa questão.

Neia respondeu sua própria pergunta.

Os paladinos eram seres que encarnavam a justiça, então talvez o certo para um paladino fosse censurar o Rei Bruxo. No entanto, se o resultado de fazê-lo significasse que o Rei Bruxo não ajudasse o Reino Santo, o que significa que eles não poderiam salvar seu povo de seus sofrimentos, isso seria o certo?

Ela lembrou que seu pai havia dito uma vez que não entendia a justiça de um paladino. Ela não tinha pensado muito nisso durante seus dias de treinamento com o objetivo de se tornar um paladino em mente. Mas talvez seu coração se tornasse suave e fraco por causa do estado atual do Reino Santo, já que ela havia começado a pensar mais e mais sobre esses assuntos recentemente.

Talvez suas dúvidas possam ser esclarecidas se ela pudesse perguntar a sua mãe, mas sua mãe não estava mais viva.

No final, ela só podia confiar em si mesma para encontrar a resposta.

Enquanto Neia continuava a considerar essas coisas, a conversa continuava. Uma dupla de paladinos iria aos templos dos quatro deuses, enquanto outros dois grupos reuniam informações na cidade. Remedios e os outros ficariam para trás ​​para cuidar de qualquer coisa que pudesse acontecer.

Como esperado, Neia foi obrigada a polir as armaduras.

Após a conclusão da reunião, Neia começou a trabalhar na armadura de todos.

Ela molhou um pano com água fria e limpou a lama da armadura.

Como era de se esperar de uma armadura mágica, não houve danos na superfície. Se houvesse alguma fissura, alguém teria que martela-lo por dentro, mas se os dedos fosse desajeitados, isso tornaria a superfície desigual e feia. Como Neia tinha pouca confiança nesse campo, a armadura mágica que os paladinos usavam era ideal para ela.
N/T: Tipo consertar panela.

Ela ficou muito feliz por enterrar seu coração e mente no trabalho. Dessa forma, ela não precisava pensar em coisas desnecessárias.

E então, sua testa enrugada com suor, Neia terminou de limpar a armadura de todos.






A audiência com o Rei Bruxo chegou bem mais cedo do que o esperado. Neia não conseguiu esconder sua surpresa. Isso foi porque estava programado para acontecer no dia seguinte depois que Gustav explicou o caso.

Os paladinos do Reino Santo - seguidos por Neia - depois que chegaram, descobriram que a residência do Rei Bruxo era bem simples. Talvez fosse pomposa para alguém que governasse uma cidade desse nível, mas era muito inapropriado para alguém que se chamasse rei. Não havia sensação de tranquilidade nascido de uma rica história, sem aura de estabilidade, e não refletia os caprichos de quem possuía o poder. Parecia um prédio construído para fins práticos.

Era bem lamentável em comparação com os palácios do Reino ou do Reino Santo. Entretanto, este era a residência do Rei Bruxo. Como já foi uma cidade regional do Reino, ele provavelmente havia decidido fazer uso do pequena mansão existente depois de tomar controle disso.

À medida que os paladinos removiam seus capacetes e examinavam a mansão, mostravam rastros de desprezo em seus rostos, que só Neia conseguia sentir. Talvez estivessem comparando seus arredores com o palácio real de seu país.

Quem poderia culpá-los por isso?

E então, Neia lembrou o navio fantasma que eles encontraram anteriormente, bem como os mortos-vivos caminhando pelas ruas.

Por que um rei que comandava tantos mortos-vivos desse nível optou por ficar em um lugar tão velho e gasto?

'Tenho a sensação de que há algum motivo para isso... se ele quisesse um palácio luxuoso, tudo o que ele teria que fazer é pedir aos arquitetos como aqueles anões para direcionar os incansáveis mortos-vivos para construir um...'

Ao atravessarem os portões da mansão, existia duas fileiras viradas de criaturas mortas-vivas, semelhante à que encontraram pela primeira vez ao chegarem à cidade. Ao contrário dos mortos-vivos que tinham visto no portão, eles eram mais magros e cruzavam suas lanças no alto entre eles.
N/T: Quem viu Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, ou algum outro deve se lembrar de algo semelhante.

As bandeiras penduradas nas pontas das lanças cruzadas. À direita estavam as bandeiras do Reino Arcano, e à esquerda estavam as bandeiras do Reino Santo.

Abaixo das bandeiras estava uma passagem pela qual eles podiam passar.

Depois disso, a música tocava. Embora fosse uma melodia que ela nunca ouviu antes, provavelmente era melhor aceitar isso como parte da cerimônia de tudo.

Nas profundezas de seu cérebro, Neia lembrou uma aula que recebeu uma vez.

'O fator mais importante dos feitiços de resistência é ter uma mente clara.'

Não, não havia como essa música ser um ataque mágico. Se fosse uma armadilha, não haveria necessidade de levantar a bandeira do Reino Santo.

Neia entrou, ela andou de maneira orgulhosa e ousada, ao menos era esperava que fosse, enquanto ela examinava seus arredores.

Havia uma guarda de honra e as bandeiras do Reino Santo. Este era um sinal claro de que o Rei Bruxo estava dando boas-vindas a sua delegação como convidados honrados; em outras palavras, ele reconheceu Neia e os outros como embaixadores oficiais do Reino Arcano, o que significava que Neia também devia defender a reputação do Reino Santo.
N/T: Sei lá, acho ela fofinha xD

Cumprimentou-a, mas, ao mesmo tempo, enchia ela com dores instestinais.
N/T: Nervosismo.

Ela caminhou pelo caminho abaixo das bandeiras penduradas, e no final da passagem er... - Neia deu um suspiro de admiração.

Uma beleza de nível Miss Universo estava ali.
N/T: Em inglês tava 'World-class Beauty' preferi usar Miss Universo.

'Ela é linda... ela é incrivelmente linda...'

Seu rosto era elegante e atraente. Seu vestido branco inestimável estava livre de qualquer mancha.

Seu sorriso compassivo foi suficiente para fazer dela uma mulher que poderia ser confundida com um anjo. No entanto, ela não era um anjo. A prova estava no par de asas negras em sua cintura.

"Bem-vindos, senhoras e senhores do Reino Santo. Embora possa ser a arrogância de minha parte, eu sou Albedo, e tenho a honra de ser a Supervisora Guardiã dos vários Guardiões de Andar e Guardiões de Área em todo o Reino Arcano de Ainz Ooal Gown. Para usar um termo mais familiar para vocês, mantenho o cargo de primeira-ministra."

"E-eu estou grata pela sua calorosa recepção. Eu sou a líder da delegação embaixadora do Reino Santo, Remedios Custodio, e estou muito grata por você ter disposição para nos encontrar."

"Não há necessidade de agradecimentos. Sua Majestade o Rei Bruxo está profundamente preocupado com os acontecimentos dentro do Reino Santo. Sua Majestade disse que é adequado dispor um tempo a vocês."

"Nós, nós somos muito agradecidos por isso."

Albedo era todos sorrisos, e sua presença esmagou as palavras de Remedios debaixo dos pés. Sua beleza natural era tanta que mesmo um membro do mesmo sexo - não, era precisamente porque eles eram do mesmo sexo - seria consumido por ela. A linha de visão de Albedo rapidamente reluziu sobre todos, incluindo Neia.

"Então, agora Sua Majestade está esperando por vocês, guiarei vocês para o auditório. Poderiam seguir atrás de mim?"

"Sim, sim claro. En-Então, e as nossas espadas?

"Ah, sim, tem essa questão."

Albedo sorriu divertidamente.

'Por que ela sorriria assim?' Neia imaginou. Eles não poderiam carregar armas na presença de um rei, então normalmente eles seriam convidados a entregar suas armas. Este também era uma demonstração de confiança da outra parte.

"Normalmente, nós deixariamos para a guarda, mas não há necessidade disso. Vocês podem levar suas armas."

Albedo disse algo que Neia não conseguia compreender.

Remedios se perguntava o 'Por quê?' Certamente, alguém que passou todo o tempo ao lado da Santa Rinha teria mais motivos para questionar isso.

Diante de suas perguntas explanadas, Albedo sorriu mais uma vez.

"Naturalmente, isso é porque nós confiamos em nossos convidados de honra do Reino Santo, e também porque nós, como uma nação que contém muitos mortos-vivos, deve soar como um país excêntrico. Portanto, sinto que ao permitir que vocês mantenha suas espadas os deixaria mais à vontade. Claro, não temos intenção de prejudicar nenhum de vocês. Mas se você deseja deixá-los conosco, certamente aceitariamos esse pedido."

"Então, nosso país aceita graciosamente a boa vontade de Sua Majestade... Peço que guarde as espadas de todos além de mim. Peço desculpas, mas eu carrego um tesouro nacional do meu país, então espero que você entenda quando eu digo que não posso deixá-lo em suas mãos."

"Compreendo."

Albedo olhou para o lado, e a criatura morta que apareceu levou suas espadas para a guarda.

Talvez algum dos paladinos estivesse descontente com a entrega de suas espadas aos mortos-vivos, mas, como a capitã havia ordenado, não tinha como eles pudessem recusar.

Neia olhou para Albedo enquanto entregava a arma.

Não havia como saber o que ela estava pensando com aquele lindo sorriso. Em vez disso, pode-se dizer que ela os examinou com pura bondade, como se estivesse esbanjando uma sincera bondade a Neia e aos outros. No entanto, a avaliação da Neia estava correta? Por exemplo, se esse não fosse o caso-

'- Ela permitiu que pessoas armadas estivessem diante de seu líder. Foi devido às ordens do Bruxo? Ou... foi porque ela sabia que não havia nenhuma maneira de prejudicá-los?'

O Rei Bruxo era um poderoso Magic Caster. Isso era devido à arrogância de que nenhum paladino do Reino Santo poderia vencê-lo?

'Ou talvez tenha guardas mortos-vivos estacionados nas proximidades. Albedo-sama não parece ter alguma habilidade de luta...'

A primeira-ministra, cuja beleza estava tão distante da hostilidade quanto possível, sorriu gentilmente.

"Então, agora todos. O Rei Bruxo os espera. Siga em frente e conheça-o."






A sala do trono também não era tão luxuosa quanto imaginava. Parece que também foi pressionada para o serviço diretamente após a tomada.
N/T: Praticidade antes de luxuosidade.

No entanto, o próprio trono reluzia intensamente; Pode-se dizer que reluzia com um brilho dourado. Certamente não era forjado de ouro sólido; Deve ter sido folheada com ouro. Mas, mesmo assim, pode-se ver o esforço e a despesa que deve ter sido para fazê-lo, dado o tamanho do trono.

Além disso, a bandeira atrás do trono era tão impressionante. Não havia como dizer o que foi usado para tecê-lo, mas havia uma profundidade em sua tonalidade que sua cor preta simples não podia expressar corretamente. Uma leve alteração nos níveis de luz podia fazer pensar que era um roxo profundo.

"Por favor, entre, Sua Majestade."

"Todos, reverenciem", comandou Remedios.

'Os paladinos estão se curvando para os mortos-vivos', enquanto Neia ficou surpresa com a forma como Remedios poderia tomar uma decisão como essa, ela não ofereceu resistência quando ela agachava sobre um joelho e abaixou a cabeça. Ela aprendeu essa prática cerimonial porque ela era escudeira. Dito isto, sua experiência em conhecer os reis estava limitada a quando ela vislumbrou Santa Rainha uma vez, como uma escudeira. Ela abaixou a cabeça enquanto movia os olhos, olhando freneticamente os paladinos à sua volta.

'Parece... tudo está bem.'

Claro, essa foi uma decisão feita com base em olhar para suas costas. Talvez, se ela olhasse de frente, eles podem diferir um pouco de si mesma.
N/T: Rosto demonstrando desdém ao se curvar.

'Vai ficar tudo bem! Não fui repreendido por ninguém, mesmo em frente ao Santa Rainha-sama. Papai disse que fui muito bem, ele até me elogiou.'

"Anunciando a chegada de Sua Majestade, Ainz Ooal Gown."

Quando Albedo falou ela estava à frente do grupo e foi andando para o lado, Neia ouviu um som muito fraco que só ela poderia pegar, como o de papel amassando, seguido pelo som de passos e um som de algo duro pressionando o chão. Logo, sentiu alguém sentado no trono.

"Sua Majestade concede permissão para levantar a cabeça."

Foi muito difícil respirar durante este tempo. Olhar muito cedo ou tarde demais seria uma violação da etiqueta. Depois de um atraso de alguns segundos, ela levantou a cabeça com calma.

Espero que gostem da edição.

E então, o ser que estava em sua frente chamou a atenção de Neia.

'El-ele é o Rei Bruxo, Ainz Ooal Gown...'

Seu rosto era um crânio. Pontos de luz vermelha ardiam dentro de da órbita ocular. Verdadeiramente, sua aparência cabia um dos mortos-vivos. No entanto, Neia sabia que ele era completamente diferente.

A primeira coisa que a surpreendeu foi a sua roupa.

Ele estava vestido bem mais do que um nobre usaria na festa para celebrar a herança de seu título.

O comprimento de suas roupas e a propagação de sua bainha parecia muito confortável, e suas mangas estavam surpreendentemente soltas. A bainha e as mangas eram feitas de um tecido branco impecável e estavam levemente decoradas com ouro e púrpura. Estava ligada à cintura com uma faixa, mas não parecia estranha. Por mais estranha que fosse, emitia um gosto exótico, e "bonito" era a única palavra que ela poderia usar para descrevê-lo.

Ele usava luvas coloridas da mesma cor que suas roupas, com placas de metal que brilhavam em todas as cores do arco-íris. Uma de suas mãos possuía um cajado místico que parecia ser uma serpente enrolando em outras. Isso deve ter sido a fonte do som rígido anteriormente.

No entanto, a auréola cheia de brilho de obsidiana por trás dele foi o que realmente surpreendente.
N/T: Não vi nada assim na imagem?

'... Ele é realmente um morto-vivo? De jeito nenhum...'

Na mente de Neia, os mortos-vivos eram criaturas como zumbis, esqueletos, ghasts e outras criaturas semelhantes.
N/T: LuanGameplay jogando no Nether.

Nesse caso, o Rei Bruxo não poderia ser descrito como um dos mortos-vivos nos olhos de Neia. Inexplicavelmente, seu rosto esquelético não a assustou. Na verdade, pode-se dizer que ele tinha um ar de pureza e divindade sobre ele.

Ele era um ser poderoso, um ser temível, um ser cujo poder excedia a capacidade da mente humana de entender - em outras palavras, ele era um Ser Supremo.

Neia até esqueceu Albedo, que estava ao lado do trono, e olhou repetidamente para o Rei Bruxo.

O que a trouxe de volta aos sentidos foi a voz do Bruxo, que dizia: "Bem, e então."

"Você percorreu um longo caminho desde o Reino Santo, Custodio-dono e vocês senhoras e senhores da Ordem do Paladino."

"Muito obrigado, Sua Majestade."

"Embora pudéssemos ter organizado um banquete de boas-vindas para você, eu acredito que nenhum de vocês esteja com ânimo para tal. Portanto, tirei um tempo de minha agitada agenda para organizar uma audiência com vocês. Esse é o caso, ao invés de desperdiçar esse tempo - batendo em torno de arbustos e trocar bajulações falsas - que tal sermos francos um com o outro. Eu acredito que não há objeções?"

"Nenhuma, Sua Majestade."

"Muito bem. Então, me diga o estado atual do Reino Santo. Falar sem equívocos ou omissões permitirá que nós, do Reino Arcano, te ajudemos o melhor possível."

Depois que Remedios indicou seu entendimento, ela despejou seu coração em relação ao estado do Reino Santo.

Neia não entendeu o raciocínio que Remedios seguiu que a levou a ser tão próxima. Embora, era mais provável que Remedios sentiu que pensar em si mesma era problemático.

O conteúdo era exatamente com o que Gustav contou a Blue Rose, e ela acabou dizendo que a situação na linha de frente estava em um estado tenso. Ela provavelmente não queria dizer que algo como o Santo Reino estava na véspera da destruição para outro país, muito menos para um rei morto-vivo.
N/T: Em inglês 'Spiel' seria um discurso ou argumento longo ou extravagante geralmente destinado a persuadir.

"Entendo. Portanto, qual é o seu objetivo em vir para o meu país?"

"Desejamos enviar um pedido a Sua Majestade; eles dizem que o aventureiro chamado Momon jurou-se a sua nação, e se pudesse emprestar esse guerreiro que pode lutar a par contra Jaldabaoth, não teriamos nada a temer. Assim, lhe peço que empreste o guerreiro Momon ao nosso país."

O brilho carmesim nos olhos do Bruxo de repente desapareceu, e então voltou um momento depois.

"Como eu pensava. Eu preparei uma resposta para essa possibilidade - o que seria um Não."

"Posso perguntar o motivo dessa resposta?"

"Embora seja uma mancha negra Momon, por enquanto, é vital para a paz do meu país. É precisamente porque está aqui em torno das pessoas que elas podem viver com seus corações com arbítrio."

"Mas você não comanda legiões de mortos-vivos, Sua Majestade?"

*Huu Huu*, o Rei Bruxo riu silenciosamente. "Parece que vocês, senhoras e senhores do Reino Santo, viram minhas forças mortas-vivas e as consideraram bastante satisfatórias. Então, vocês não aceitaram um empréstimo dessas tropas no lugar de Momon? Eu confio que você viu que todos os mortos-vivos que eu comando são poderosos. Eles devem ser capazes de eliminar meros semi-humanos."

Remedios ficou sem palavras.

Ela provavelmente estava imaginando a visão de si mesma levando um exército de mortos-vivos para o Reino Santo. Não, isso era inconcebível. Comandar os mortos-vivos era totalmente incompatível ao ser um paladino.

Era verdade que os mortos-vivos apresentavam muitas vantagens como tropas. Eles não precisavam comer, podiam estacionar e esperar, poderia ser chamado de exército ideal.

No entanto, alistar mortos-vivos - os inimigos de todas as criaturas vivas - em suas forças era mais assustador do que qualquer outra coisa. Para começar, trazer as tropas de outra nação para o próprio país era uma fonte de desconforto. Depois de resolver os problemas do Reino Santo, eles podem acabar conquistando o Reino Santo.

"Em, nesse caso..."

O Rei Bruxo riu da perturbação de Remedios.

"Na verdade, Custodio-dono. Há aqueles no meu país que pensam do mesmo jeito que você. Usar os mortos-vivos para agricultura, limpar terra e segurança são aplicações que as pessoas estão começando a aceitar. Mas infelizmente, ainda existe aqueles entre meus cidadãos que têm pouco contato com essas atividades e não vieram a aceitá-los completamente ainda. Claro, a situação é muito melhor do que quando eu estava apenas estabelecendo as regra, mas será necessário muito mais tempo para isso. Momon pode ouvir as preocupações e aliviá-las de várias maneiras. Se eu o enviar agora, seria o mesmo que deixar a insatisfação se manifestar."

"Nesse caso, certamente nós os paladinos, podemos ficar para trás e completar o trabalho de construir a confiança nos mortos-vivos, não podemos? Muitas pessoas sabem que os paladinos são inimigos dos mortos-vivos. Logo, não seria mais eficaz se ficarmos e declarar que os mortos-vivos de Sua Majestade são confiáveis?

"Huu... Essa é uma proposta que merece consideração."

Depois de um breve momento de avaliação, o Bruxo virou o rosto para a mão que não carregava seu cajado.

"... Hmm. Parece que deixar estrangeiros lidarem com isso, não é apropriado. Pode-se confiar em alguém que passou pelas mesmas situações, seja alegrias ou tristezas; certamente não há como acreditar em alguém que apareceu do nada e diz que os mortos-vivos eram confiavéis, há? Como pensei, você não pode assumir o lugar de um aventureiro Adamantite, que já é conhecido por toda a cidade."

Sua lógica era impecável.

Portanto, ela não podia refutar ele com lógica. Isso era bem mais particular para Remedios, que era impulsionada por suas emoções.

O Rei Bruxo perguntou a Remedios sem palavras:

"-Muito bem. Então, vamos mudar de tópico. Desejo perguntar sobre algumas pessoas que você não mencionou, Custodio-dono. No passado, Momon me disse que Jaldabaoth comandava empregadas de poder considerável. Posso perguntar se as senhoras e senhores encontraram pessoas vestidas assim no Reino Santo?"

"Não, não encontramos ninguém vestido assim no Reino Santo. Na verdade, nós só aprendemos sobre elas quando conversamos com a Blue Rose do Reino."

"Entendo... o que significa que é possível que as criadas possam ser o trunfo de Jaldabaoth, não é? Ou isso significa que eles estão ativos em outros locais?"

"Não temos certeza."

"... Eu acredito que você mencionou que o sul está segurando. Você tem comunicações secretas com eles?"

"De certa forma, sim."

"... Então eles ainda não se infiltraram no sul? Talvez, me preocupei demais. Huu ..."

O Rei Bruxo olhou de repente para o teto.

"Sua Majestade acha que os capangas de Jaldabaoth se infiltraram no sul?"

"Eu não disse isso. Mas eu estava pensando que se ele possuísse capangas tão poderosos, por que ele ainda não os usou... e eu acredito que pedi uma divulgação completa no início, certo? Por isso, permitam que eu chegue ao ponto: qual o tipo de remuneração que o Reino Santo pode me oferecer em troca do fornecimento e ajuda da minha nação?

Esta era uma pergunta perfeitamente normal e totalmente esperada. Contudo, responder era muito difícil.

"Nós oferecemos a amizade, confiança e respeito do meu país."

O Rei Bruxo bufou a resposta de Remedios.

Ainda assim, não era possível concluir que a resposta de Remedios estava errada. Houve momentos em que isso era tudo o que um paladino precisaria para ir em uma batalha de vida ou morte. Por exemplo, quem defendeu uma aldeia pobre que não podia pagar uma compensação adequada e desafiar uma horda semi-humana seria considerado como um paladino exemplar.

"Isso é o que um paladino diria. Talvez um dos meus amigos do passado estaria dispostos a agir de acordo só com isso. Mas infelizmente, tais palavras não podem me mover. Já disse antes para dispensar bajulações sem sentido. Você pode me oferecer benefícios concretos?"

'Ele está dizendo que Momon-dono é um amigo do Rei Bruxo? Ele está se referindo a ele de forma familiar porque ele não é apenas um subordinado?'

Enquanto Neia apreciava essa pergunta, Remedios permaneceu em silêncio.

Não.

Ela não podia falar. A verdade era que Remedios Custodio não estava em posição de fazer promessas.

O que aconteceria depois de vencerem Jaldabaoth?

Claro, eles precisariam nomear o próximo Santo Rei. Contudo, a possibilidade de uma pessoa seguir as palavras de um paladino era minúscula. Se ele fosse escolhido entre os nobres do sul, que não eram hostis a ela, Remedios e os outros provavelmente seriam presos por sua incapacidade de proteger a Santa Rainha.
N/T: Se forem hostis é guilhotina. rsrsrs

Nesse caso, mesmo que façam um pacto com o Rei Bruxo, não havia garantia de que o alegado pacto fosse realmente honrado. Não, antes disso, era muito duvidoso que este grupo tivesse o direito de representar sua nação. Em última análise, o verdadeiro propósito desta delegação embaixadora era construir simpatia entre os plebeus que não entendiam a situação.

Por essa razão, eles não tinham capacidade para fazer promessas. Nenhuma pessoa poderia representar um país inteiro por si só; O único que poderia fazer isso era o seu rei.

"Perdoe-me, Sua Majestade. Eu sou o vice-capitão Gustav Montagnés, servindo sob a Capitã Custodio. Me permita falar em seu nome."

O Rei Bruxo levantou levemente o queixo, para indicar que o homem deveria continuar.

"Muito obrigado. O que Sua Majestade pede é algo que não podemos garantir. Mesmo que reivindicemos o território do Reino Santo, restaurar a terra devastada por Jaldabaoth demorará anos. Não acredito que possamos oferecer-lhe qualquer coisa que prometemos aqui de forma apressada. Porém, há uma coisa que desejo dizer a Vossa Majestade, que é o perigo de Jaldabaoth."

"Hmm... continue."

"Sim. Os semi-humanos desorganizados que ameaçaram o Reino no passado estão agora sob o comando de Jaldabaoth. Se ele não for parado agora, ele pode se esconder, não há como dizer o tipo de preparativos que ele pode fazer e onde ele se revelará novamente."

"Em outras palavras, você está dizendo que agora é o melhor momento para matá-lo, dado que ele mostrou seu rosto. Portanto, devemos eliminar qualquer semente que possa causar conflitos o mais rápido possível. É isso que você quer dizer?"

"É como você diz. Não esperava nada menos de Vossa Majestade. Portanto, possamos pedir a você que envie o Momon-Dono?"

"Entendo. É uma razão perfeitamente compreensível. Na verdade, esse é o melhor momento para exteminar Jaldabaoth."

"Nesse caso-"

Assim como o rosto de Gustav estava iluminado de alegria, o Rei Bruxo estendeu uma mão para detê-lo antes de bater seu cajado no chão.

"No entanto, o envio de Momon ainda é complicado. Mesmo que ele resolva Jaldabaoth, a ausência de Momon levará a uma indisposição em nossa situação política e apavorará as pessoas. Nesse caso, o que deve ser feito? Se eu tivesse mais tempo para estabilizar a política interna de minha nação, então eu enviaria Momon - com sua aprovação, é claro. Dado o que você acabou de dizer, vocês conseguem aguentar um pouco mais, não?"

"Mas, mas é claro... posso saber quanto tempo isso levará?"

"Huu... Albedo, o que você acha?"

A primeira-ministra que estava de pé ao lado, comunicou ao seu mestre pela primeira vez.

"Depois de considerar a sugestão gradual de semi-humanos em nossa nação, isso atrasará o processo mais do que o previsto. Pode levar um período de vários anos. Sim... se tivéssemos cinco anos, não será um problema."

"Exatamente. Acredito que você não tem mais perguntas?"

'Cinco anos.' Gustav provou as palavras em sua boca antes de gaguejar suavemente.

"Isso pode apresentar alguns problemas com o tempo..."

"Entendo... de fato. Eu deveria ter considerado a situação do seu país. Afinal, é um pedido de uma nação amigável."

O Rei Bruxo colocou uma ênfase especial nas palavras 'nação amigável.'

"Nosso país vai fazer o melhor para acelerar o processo. Albedo, qual é o tempo mínimo para realizarmos isso?"

"Nesse caso deve ser possível em três? No entanto, isso pode levar instabilidade em nosso país."

"Isso não pode ser evitado. Estaremos salvando um país amigável, afinal. Suponho que haverá alguma perda de vida da nossa parte... bem, figuradamente falando."

O Rei Bruxo parecia ter feito uma piada, mas ninguém estava rindo.

"... Ahemm. Então, e quanto a isso? Nós aceleramos por dois anos."

Ele já havia feito uma concessão de dois anos, mas mesmo três anos era muito tempo. Quanta devastação pode ocorrer durante esse período? E então, havia a questão de saber se o Reino Santo pode sobreviver como uma nação durante esse tempo - não, não havia como. No entanto, se eles vieram e dissessem isso, talvez até a promessa de enviar Momon daqui três anos também pode ser rediscutida.

No entanto, a possibilidade da salvação do Reino Santo estava diante de seus olhos.

Talvez ela estivesse aqui por esse momento. Ela deveria apostar sua vida nisso.

Depois de se preparar para a morte, Neia respirou fundo e falou.
N/T: Remedios é chata.

"Minhas mais sinceras desculpas, Sua Majestade Rei Bruxo."

"...E você é?"

"Eu sou Neia Baraja, uma escudeira da Ordem do Paladino do Reino Santo. Eu entendo que isso é extremamente grosseiro, mas permita que eu solicite o envio inicial de Momon-dono."

O Rei Bruxo parecia estar em um pensamento profundo.

"Neia! Como se atreve, uma simples escudeira como você pedir um favor ao Rei Bruxo!"

Tinha apenas uma coisa que veio a mente quando Neia ouviu a repreensão de Remedios.

'Se você deve matar a sua escudeira por sua conduta desrespeitosa, aguarde mais um pouco.'

"Ah, não se preocupe com isso. Seu nome é Neia, não é? Nesse caso, quanto mais cedo você gostaria que eu enviasse a Momon?"

"Eu peço que ele seja enviado o mais rápido possível, mesmo que seja apenas um dia, quanto antes melhor."

"E você insiste em seu pedido, mesmo sabendo que enviar Momon vai prejudicar o Reino Arcano?"

"Sim!"

Neia inclinou a cabeça.

Já tinha um tempo que se preparou para solicitar que a Capitã tomasse sua cabeça se as palavras dela desagradassem o Rei Bruxo, assim tentar pagar pelos pecados com sua vida.

Ela fechou os olhos, porque sabia que ela poderia ser cortada a qualquer momento.

"Sua Majestade! Minhas mais sinceras desculpas pelo desrespeito de minha escudeira! Nós nunca abrigamos qualquer intenção de prejudicar o Reino Arcano."

"Não, não tem problema. Como residente do Reino Santo, é natural alguém querer salvar a própria pátria mesmo a custa de outros... Huu. Albedo, podemos fazer em dois anos?"

"Eu acredito que seria muito difícil."

"Realmente. Mas ainda assim - faça."

Neia olhou refletidamente para o Rei Bruxo.

"Sim! Eu entendo, Sua Majestade!"

Enquanto ela estava banhada pela voz desse poderoso e absoluto governante, o fraco tremor nos ombros de Albedo deve ter sido porque ela estava desconfortável com o desafio imprudente que acabara de receber.

"Neia... Baraja. Que tal cerca de dois anos? Talvez ainda seja muito longo para você, mas você deve aguentar enquanto os exércitos do sul perdurem, não?"

De fato, dois anos ainda eram longos. No entanto, ela não podia persistir sobre a generosidade do Rei Bruxo.

"Muito obrigado, Sua Majestade!"

A gratidão em sua voz era genuína, porque ela sentia que a possibilidade da salvação de sua nação aumentou agora.

Depois disso, Remedios inclinou a cabeça.

"Muito obrigado, Sua Majestade! Estamos profundamente gratos por ter permitido o pedido de nossa escudeira."

"Está bem. -Capitã Custodio, você tem uma boa mulher debaixo de você. Se ela não amasse seu país com tamanha força, como uma mera escudeira se atreveria a implorar dessa maneira ao rei de outra nação?... Não estou zombando dela, é claro."

"Não, tenho certeza de que ela deve estar muito feliz pelas palavras de Sua Majestade."

"Então, isso é tudo. Este foi um diálogo promissor."

"-Anunciando a retirada de Sua Majestade, o Rei Bruxo."

Neia inclinou a cabeça em resposta às palavras de Albedo.

Mais uma vez, o cajado bateu no chão ao longo dos passos, da mesma forma quando entrou. Esses sons se afastaram, e logo ouviram o fechamento do som da porta. O Rei Bruxo provavelmente tinha deixado a sala.

"Ele saiu."

Quando Neia ergueu a cabeça, viu Albedo com o rosto um pouco vermelho sorrindo e dizendo: "Então, permita-me escoltá-lo para fora."






Neia preparou-se para ser repreendida por Remedios, e com certeza, depois que eles voltaram para a pousada, iria.

"Você! Você sabe o que você fez?"

O rosto de Remedios estava vermelho quando ela tampou Neia. O vice-capitão Gustav ergueu rapidamente os braços e pisou entre Neia e a Capitã.
N/T: Me lembrei do bloqueio do vôlei.

"Capitã Custodio! Um momento por favor! Não há como negar que as ações da Escudeira Baraja foram rudes, mas, em contraste, ela nos salvou um ano de espera. Isso não é algo digno de aprovação?"

"QUe bobagem você está falando!? Tudo isso pode sumir igual fumaça por causa dela! Além disso, você quer que eu a elogie por agir por conta própria? Você está brincando comigo!?"
N/T: Acho que Remedios se refere que o 'acordo' que Neia conseguiu pode sumir igual fumaça por causa de sua posição de escudeira.

"Sinto muito, me desculpe."

Neia inclinou a cabeça enquanto se desculpava com muita sinceridade.

"- Você realmente se arrepende disso? Talvez você tenha tido sorte desta vez, mas você pode assumir a responsabilidade se as coisas ficarem ruins para nós?"

"... A culpa repousa sobre o servo."

"Eu já sei disso! Me responda! Você pode enfrentar todas as pessoas que sofrem do Reino Santo e lhes dizer que a ajuda não virá por sua causa?"

"Não, seu servo não pode suportar essa responsabilidade."

"Nesse caso, então por que você simplesmente levantou e fez isso? O que diabos você estava pensando?"

Neia levantou a cabeça e olhou diretamente para a Capitã.

"Se a necessidade surgir, sinto que você deveria tirar minha vida e oferecê-la ao Rei Bruxo como uma desculpa por minhas ações."

Os olhos de Remedios se abriram ao ouvir isso. Contudo, eles ligeiramente se estreitaram em aborrecimento mais uma vez. Ao lado dela, o vice-capitão Gustav assentiu vigorosamente no que parecia respeito.

"Você acha que é suficiente para ganhar perdão? Você acha que uma vida como a sua será suficiente como desculpa?"

"Eu não sei, mas estou certo de que você e os outros poderão pensar em algo, Capitã."

"E o que você fará se não pensarmos em nada!"

Foi como a capitã disse. Era provável que até mesmo executar Neia não fosse suficiente para ganhar o perdão do Bruxo. Porém, Neia fisse o que tinha na sala de audiência porque três anos era muito tempo para aguentar.

'Será que a capitã estava disposto a aceitar a espera de três anos? Por que estou sendo repreendida por alguém que não fez nada? Eu sei que as vidas das pessoas do Reino Santo estão suspensa no equilíbrio, então não deveria agir de acordo. Mesmo assim, alguém deveria ter feito algo então...'

Não estava tudo bem desde que houvesse um bom resultado, ou o processo era mais importante? Ela provavelmente não poderia dar uma resposta assim.

Mesmo assim, era difícil para alguém que conseguiu fazer algo suportar crítica de quem não fez nada.

Claro, a Neia tinha uma ótima ideia do que aconteceria se ela realmente dissesse isso. Portanto, ela ficou quieta e simplesmente baixou a cabeça.

"Capitã, isso é o suficiente. Graças aos seus esforços, salvamos um ano de espera. Recompensas e punições precisam ser usadas em medidas exatas. Talvez devesse elogia-la de alguma forma."

"... Tchêh."

A capitã parecia que ainda estava pilhada quando se virou e saiu.

Gustav suspirou, e então virou-se para encarar Neia.

"Sua determinação é verdadeiramente admirável. A capitãa pode parecer assim, mas a verdade é que ela respeita suas contribuições."

Essa foi definitivamente uma mentira. Essa era uma mentira feita para encobrir.
N/T: Em inglês 'Cover Up' seria algo destinado a ofuscar ou esconder a verdade.

Talvez Gustav sentiu os pensamentos pela sua expressão, mas ele olhou para ela nos olhos e depois sorriu penosamente.

"Em qualquer caso, vou falar com a capitã sobre isso. No entanto, se você se esbarrar com ela agora, as coisas podem estar um pouco áspera. Você poderia se afastar um pouco?"

"Entendido. Obrigada, vice-capitão."

Uma vez fora da pousada, Neia vagou sem rumo através do vento frio do inverno.

"Eu apenas sinto... haahaa..."

Enquanto lhe pediram para sair, onde deveria ir neste país?

Neia sentiu em torno de seus bolsos e pegou uma pequena bolsa de couro. Havia pouco dinheiro dentro, apenas algumas moedas de cobre e prata do Reino Santo. Se eles não pudessem ser usados, Neia ainda tinha uma moeda de ouro comercial. Seria mais do que suficiente para obter uma refeição.

No entanto, essa moeda de ouro era o último dinheiro que os pais da Neia lhe deram. Onde ela deveria gastar esse valioso dinheiro?

Neia olhou para a terra estrangeira atrás dela.

"Que dor... haahaa..."

"Você parece estar suspirando bem pesado."

A repentina voz fez os ombros de Neia tremerem.

"Se apresse e vá por aquela rua. Este lugar é bem perceptível."

O dono dessa voz não era alguém que ela esqueceria rapidamente. Neia conseguiu impedir que berrasse reflexivamente. Depois disso, ela caminhou até lá, e então ela ouviu algo se movendo atrás dela. Parece que não era apenas uma voz que ela estava ouvindo, mas que havia alguém realmente atrás da Neia, embora essa pessoa usasse invisibilidade para que Neia não pudesse vê-lo.

Depois de virar a rua como indicado, ela ouviu a voz dizer: "Pegue o beco à esquerda." Neia cumpriu silenciosamente.

O beco era surpreendentemente limpo, sem pedestres.

Depois de caminhar várias passos, Neia virou-se e falou o nome do dono da voz.

"Sua Majestade, arrisco perguntar por que você veio aqui? Não posso ver você por causa de magia?"

"Eu vejo, então é por isso que você foi tão obediente. Você já sabia quem eu era, hehe?"

Dito isso, o Rei Bruxo se revelou.

Ele trocou para uma túnica preta sem exigência, mas que brilhava como veludo. Parece que era uma peça de roupa muito bem feita.

Neia imediatamente ajoelhou diante dele.

"Sim, é como diz Sua Majestade. Também... posso perguntar para onde estão os seguidores de Sua Majestade?"

"Não, não há nenhum. Afinal, ter seguidores ao redor tornaria as coisas incômodas."

"P-Por que isso?"

"Hmm, eu quero falar com sua Capitã em particular, então vá buscá-la... não, seria melhor fazer em uma sala... Você pode me ajudar a abrir a janela de seu quarto? Eu entrarei por lá."

Esse era um pedido estranho. Normalmente, ela não abriria a janela assim. No entanto, ela estava lidando com o rei desse país, e um rei que concordou em ajudar o Reino Santo. Ela não podia fazer nada para desagradar seu humor.

A palavra 'assassinato' passou pela mente de Neia, mas, se o Rei Bruxo quisesse fazer isso, ele poderia ter feito isso na sala de audiência.

Claro, isso pode ser alguém fingi ser como o Rei Bruxo. No entanto, a pessoa que estava diante dela tinha a presença de um governante imponente, então ele era inconfundivelmente o Rei Bruxo que conheceu. Cada movimento que ele fez foi algo que só era possível por alguém que era um governante nascido.

Deveria confiar nele? Ou não?

Neia refletiu sobre isso e escolheu o primeiro.

"Entendido. Farei imediatamente."

"Huu... pensando nisso, você foi enviado em uma missão? Se fosse esse o caso, devo pedir desculpas a sua capitã."

"Ehhh?"

"...Ehh?"

Os olhos de Neia encontraram os do Rei Bruxo.

"... Se não fosse uma missão, então esse deve ser seu tempo livre, não? Nesse caso, é muito valioso - Hmm, devo me desculpar por ter aproveitado o seu precioso tempo de descanso pedindo para você fazer coisas."

"Não, não, não é, não é nada disso, de qualquer maneira, eu vou e abrirei a janela para o quarto do capitã agora."

Neia correu imediatamente.

Essas amáveis ​​palavras de um terceiro eram como se alguém aplicasse cuidadosamente um alívio para uma palma coberta de arranhões e hematomas. Eles penetraram no coração de Neia, e eles a fascinaram.

Neia correu com todo o seu poder, e voltou rapidamente para a pousada.

Claro, a corrida não era permitida dentro de um estabelecimento de alta classe como este, mas isso não era motivo para Neia caminhar lentamente. Tudo o que ela podia fazer era andar o mais rápido possível, sem causar qualquer ofensa, mas apesar de tudo isso, ela podia sentir olhares gelados dirigidos a ela pelo pessoal da pousada. No final, Neia finalmente chegou ao quarto da capitã.

Neia imediatamente bateu na porta, e então descobriu que estava trancada quando virou a alça. Um arrepio percorreu o coração de Neia ao perceber que tinha sido condenada ao ostracismo, mas agora não era hora de se preocupar com esse tipo de coisa.
N/T: Ostracismo significa isolamento ou exclusão.

"Sou eu a escudeira Neia Baraja, abra a porta."

A porta abriu, e um paladino mostrou seu rosto atrás disso.

"Perdoe-me", disse ela; agora não era hora de observar cada ponto de etiqueta. Neia então se virou para Remedios, que estava dentro da sala, e disse: "O Rei Bruxo deseja falar com você em particular, Capitã."

Neia podia sentir os olhos de todos observando atrás.

"Não, não é isso. Ele não está lá."

Dizendo assim, Neia caminhou até a janela e abriu.

Como esperado de um estabelecimento de alta classe, as janelas deslizaram suavemente abertas, sem qualquer rastro de defeito.

"Mas que diabos?"

Do ponto de vista de um terceiro, esta foi uma explosão súbita e precipitada. Era natural que um paladino estivesse abaixo dela. Era ainda menos tolerável para um paladino que já havia sido colocado no comando da segurança da Santa Rainha.

No entanto, Neia os ignorou quando ela se inclinou para o seu corpo, fora da janela e acenou para o Rei Bruxo, que deveria estar lá fora.

Depois disso, Neia foi pega pelo colarinho dela.

"O que você está fazendo, Escudeira Baraja? APenas não abra as janelas desse forma e, o mais importante, não há sinal algum do Rei Bruxo."

Olhando para trás, ela viu um paladino com o rosto vermelho. Sua raiva era compreensível. Apesar-

"O que você vai fazer. Ela quebrou suas regras a meu pedido. Se a culpa deve ser atribuída a alguém, então deixe cair sobre mim."

Uma voz calma ecoou pela sala.

O Rei Bruxo lentamente revelou-se a partir de onde ele estava sobre o quadro da janela.

Neia viu um paladino alcançando sua espada longa em sua cintura e freneticamente foi para detê-lo.

"Mmm... peço desculpas por te alarmar. Eu escolhi vir sozinho porque queria falar com você em particular. Embora possa ser um pouco difícil de entrar através de uma janela, não posso fazer nada, pois preciso ficar oculto. Espero que você possa entender isso... E devo me desculpar com ela também."

Depois de descer do parapeito da janela, o Rei Bruxo examinou o interior da sala com a grandeza de um rei.

"... eu sou o Rei Bruxp Ainz Ooal Gown."

Ao mencionar o nome dele, Neia caiu de joelho diante de qualquer outra pessoa. Um momento depois, ela ouviu os paladinos atrás dela simultaneamente se ajoelharem.

"Muito bem... Vocês podem se levantar, uma vez que não há tempo, é adequado ter uma palavra com você, capitã Custodio?"

"Não temos objeções, Sua Majestade. Então, venha por aqui."

Quando Neia levantou-se, ela respirou - apenas a tempo de encontrar os olhos do Rei Bruxo, que se viraram. Claro, não havia globos oculares nas órbitas de seus olhos, por isso, dizer que ela olhava para os olhos dele era puramente a imaginação de Neia.

"Será que a escudeira não estará participando?"

"Ela é apenas uma escudeira, Sua Majestade."

"Ela não estava presente na sala de audiência antes?"

O tom natural do Bruxo fez com que soasse como se ele realmente não sabia. No entanto, suas palavras continham uma poderosa sensação de deboche.

"Escudeira Baraja, venha se juntar a nós."

"Sim!"

Embora Neia não estivesse interessada em participar, por alguma razão, ela queria saber o motivo do Rei Bruxo que tinha escolhido fazer uma visita.

Remedios e Gustav encararam o Rei Bruxo na mesa, enquanto Neia e os outros ficaram juntos nas paredes. Esta foi a mesma forma que eles receberam a Blue Rose.

"Então agora, Sua Majestade, permita-me fazer uma pergunta direta. Posso perguntar por que você honraria nossos humildes alojamentos com sua presença?"

Remedios assentiu depois que Gustav falou.

"Mas é claro. Como eu disse anteriormente, não gosto de ficar enrolando. Afinal, fazer isso facilita que as palavras de alguém sejam mal interpretadas ou que seus significados sejam distorcidos."
N/T: Em inglês 'Beat Around The Bush' seria: pare de ficar enrolando, chegue ao ponto, diga o que você tem em mente, entre outros.

Havia uma sensação de realidade para as palavras do Bruxo que não podiam ser bem planejadas.

"Embora eu tenha decidido enviar Momon em dois anos, se você aderir a um pedido meu, não seria impossível despachar alguém a par com Momon do Reino Arcano."

"Parecido com Momon?" Remedios não pôde deixar de exclamar.

"... Posso saber a natureza do pedido que Sua Majestade deseja fazer? Dependendo da natureza do pedido, rezo para que você nos perdoe se não pudermos dar uma resposta imediata a Sua Majestade."

O Rei Bruxo riu em resposta às palavras de Gustav, e então ele falou.

"Mas é claro. Dado o seu estado atual, eu posso imaginar... chamar vocês de um movimento de resistência seria um jeito de deixar bonito as coisas, mas o fato é que vocês provavelmente são um grupo de guerreiros que se esconde em cavernas, eu estou errado?"

Todos os presentes continham a respiração.

Neia não foi exceção.

Por que o Rei Bruxo falaria sobre a real natureza de suas situações? Como ele adivinhou isso? Expressar a questão da caverna foi essencialmente impressionante.

O rosto da Capitã e de Gustav eram máscaras ásperas, eles apenas viraram para olhar Neia. Eles devem ter pensado que ela tinha vazado a verdade para o Rei Bruxo. No entanto, Neia balançou a cabeça, para indicar que não era ela.

O Rei Bruxo ignorou Neia e o choque dos outros, e continuou falando.

"A força do sul é intocada, mas ainda assim você não procurou cooperar com eles e realizar operações conjuntas. Isso ocorre porque existe uma fenda entre vocês e os nobres do sul. Esse é o caso, uma vez que você - que não conseguiu proteger a Santa Rainha - cair sob o comando do novo Santo Rei, certamente será muito difícil para vocês manterem seus cargos anteriores. Portanto, você não pode me oferecer terra, títulos, concessões comerciais e outros privilégios desse tipo. Se você realmente manteve suas palavras sobre este assunto, existe a possibilidade de guerra contra o Reino Arcano, dependendo do que o próximo Santo Rei decida."

O Rei Bruxo destacou claramente os pontos-chave da guerra com os semi-humanos, bem como as decisões que tomaram sobre o futuro deles.

"Da mesma forma, você não pode usar os tesouros da sua nação como forma de barganha. Por exemplo, a espada sagrada que possuí, capitã Remedios. Se você realmente tentou fazer algo, o máximo que poderia era tratar os tesouros do país como se tivessem sidos saqueados por Jaldabaoth e depois transformá-los em mim. No entanto, fazer isso é muito perigoso. Se alguém informar o próximo Santo Rei que disse que a riqueza foi realmente obtida de você, a confiança em você, os paladinos, provavelmente, afundará igual uma pedra na água. Sem valor, em outras palavras. Portanto, tudo o que senhoras e senhores podem fazer é o que você fez na sala de audiência, informando-me da sua situação - Hmm, imagino que acertei em cheo, tendo em conta as expressões em seus rostos."
N/T: Em inglês 'Hit The Nail on The Head' seria: Acertar em cheio, acertou na mosca.

Depois de dizer tudo isso, o Rei Bruxo encostou-se na parte de trás da cadeira.

O silêncio encheu o quarto.

Perfeito. Ele era muito perfeito.

Neia sentiu nada além do respeito pela leitura do Rei Bruxo da situação.

'Esse era o homem que eles chamavam de Rei Bruxo?' Neia pensou.

Neia conheceu uma vez a Santa Rainha, mas a Santa Rainha simplesmente a cumprimentou, e Neia não teve a chance de realmente interagir com um verdadeiro monarca. Para Neia, agora era a primeira vez que conhecia um governante absoluto - um que possuía uma dignidade e percepção que ultrapassava todos os outros, além de um poder incrível - ou seja, um ser perfeito. Este poderoso impacto deixou uma impressão inextinguível no coração de Neia.

"Dito isto, alguém poderia ter imaginado isso. Na verdade, tenho um pouco de vergonha de entrar aqui e presumir tudo isso... Eu confio em você, todos não pensaram que eu nem tinha considerado isso mesmo?"

"Cl-Claro, Sua Majestade!" Gustavo respondeu com um sorriso tenso em seu rosto.

"Maravilhoso. Se eu tivesse sido considerado um idiota que nem poderia pensar nisso, não seria capaz de enfrentar meus subordinados que trabalham pela minha causa... agora, com base em tudo isso, deixe-me ser claro sobre o que eu quero. Desejos as empregadas domésticas. Eu quero empregadas domésticas."

Todos - incluindo Neia - só podiam ficar surpreendidos com as palavras totalmente ridículas que sairam da boca do Bruxo.

"... Ah, minhas desculpas. Eu não fui claro. Hmm, como devo dizer isso? Eu acredito que, durante a nossa reunião anterior, surgiu o tema de Jaldabaoth que possui empregadas poderosas. Isso é o que eu quero. Qual o grau de conhecimento mágico que você tem?

"Nenhum mesmo."

Depois de Remedios disse, o Rei Bruxo olhou ao redor, como se estivesse procurando ajuda.

"É, é assim... bem nesse caso, eu me pergunto como eu deveria começar a explicar de... ah, bem, isso também... Ah - você pode imaginar que Jaldabaoth ligou as empregadas a ele por algum mecanismo. Portanto, meu plano é derrotar Jaldabaoth, apoderar essa fórmula para mim e depois colocar as criadas sob meu controle. Desta forma, meu país ganhará poderosos servos."

"Mas, mas nós não avistamos as criadas de Jaldabaoth..."

A resposta de Gustav fez o Rei Bruxo rir.

"Afinal, elas foram avistadas no Reino. Eu acho difícil imaginar que elas não estavam lá. Ou talvez eles não apareçam até que Jaldabaoth seja forçado a entrar em dificuldades?"

"Permita-me repetir... nós não temos certeza se as empregadas realmente existem. O que Sua Majestade fará no caso de as criadas não existirem?

"Nós cruzaremos essa ponte quando chegarmos a ela. Não estou pedindo que você faça algo para substituí-las, em todo caso. No máximo, vou apenas deixar isso como um esforço desperdiçado. No entanto, existe a possibilidade de que elas possam ter aparecido fora do disfarce de uma criada, então meu pedido provavelmente incluirá os subordinados de Jaldabaoth também. Ahh, isso é certo. Ele pode ter usado algum tipo de item especial para dominá-las, então eu pretendo adicionar uma condição de que qualquer dos itens mágicos de Jaldabaoth que não podem ser determinados como propriedade do Reino Santo será meu. Pode revelar-se que as criadas que assolaram o seu Reino Santo poderiam acabar se tornando parte do meu Reino Arcano e, nesse caso, espero poder contar com o seu esquecimento de suas aversões contra elas, uma vez que elas cairão sobre meu domínio."

"Você quer dizer que você quer que nós perdoemos as pessoas que podem ter assolado nosso país?"

Depois que Remedios retrucou com infelicidade, o Rei Bruxo encolheu os ombros.

"Isso é porque eu não posso ganhar mais nada do Reino Santo. Ou você quer dizer que você tem outra coisa para me oferecer?"

Remedios mordeu o lábio, incapaz de responder.

"Sua Majestade, a capitã quer dizer que, como pessoas de fora, será muito difícil para nós convencer as vítimas de esquecer seus rancores."

"Então, você simplesmente terá que trabalhar duro para convencê-los", disse o Rei Bruxo com uma voz fria. "... Não, então apenas diga que as criadas foram dominadas pela magia do Bruxo e retiradas. Isso deve suprimir um pouco do ódio, não?

'O que eles farão?' Neia pensou quando ouviu o Rei Bruxo falar. Se eles ainda se recusassem a aceitar os termos do Rei Bruxo depois de ter feito esses privilégios para eles, era muito provável que eles acabassem com nada para mostrar. Era evidente que estes eram termos extraordinariamente favoráveis ​​para o Reino Santo. Se eles não aproveitassem essa chance, a única palavra para descrevê-los seria 'tola'.

"Isso era muito irritante. Permitir que aqueles que depravem..."

"-Sua Majestade!" Gustav gritou sobre as palavras de Remedios. "Por favor, permita-nos discutir isso por um momento! Por favor, nos dê algum tempo!"

'Você ainda precisa discutir assuntos depois de ter comprometido isso?' Mesmo Neia sentiu que não seria estranho que o Rei Bruxo os repreenda. Mas-

"Muito bem. No entanto, se levar muito tempo me causará problemas, e mover-me é problemático. Você não se importa se eu esperar aqui, não é?"

Neia não podia deixar de ser surpreendida pela generosidade do Rei Bruxo.

"Muito obrigado. Então, iremos discutir rapidamente. Eu rezo para que você seja paciente, apesar do transtorno fizemos a você."

"Está bem. Vá discutir o assunto."

Os dois levantaram-se para sair, e depois voltaram com rapidez surpreendente. Não, eles já chegaram à conclusão desde o início.

"Perdoe o atraso, Sua Majestade."

"Sem problemas, vá em frente se precisar, está tudo bem. Bem, então, como vai ser?"

"Sim, nossa conclusão é que cumpriremos todos os termos de Sua Majestade."

"Não estou pedindo para me obedecer. Estou simplesmente fazendo um comércio. Bem, isso não importa. Agora, devemos colocar isso por escrito, falta o equipamento e os selos necessários. Vamos discutir isso mais tarde... Você não se importa se eu uso a escrita do Reino, certo?"

"Há pessoas aqui que podem lê-lo, então está bem. Assim, posso te incomodar para nos apresentar a pessoa que está a par com Momon?"

"Ahh, ele está de pé diante de você agora - em outras palavras, eu mesmo."

O silêncio encheu a sala mais uma vez, e Neia e os outros não conseguiram falar enquanto encaravam.

Depois de piscar várias vezes, seus cérebros finalmente recuperaram a capacidade de funcionar.

"Sua Majestade é tão forte quanto Momon?"

As palavras de Remedios fizeram Neia congelar no lugar, mas havia um homem que tinha feito um movimento por causa dessas palavras.

"Por favor, espere um momento, capitã. Há algo mais que precisamos pedir a Sua Majestade antes disso."

Gustav virou-se para o Rei Bruxo. "Ahh, será que está tudo bem se Sua Majestade deixa sua nação e ir ao Reino Santo? Não sei quanto tempo demorará."

"Isso não será um problema. Ao contrário de Momon, eu posso usar a magia de teletransporte, enquanto eu puder encontrar sua base, eu posso mudar entre ela e o Reino Arcano a qualquer momento."

"M-Mas, mesmo assim, ter o governante de uma nação vindo pessoalmente também é..."

"Depois de me ouvir, você não pensou que eu iria entrar pessoalmente? Eu disse que pretendia derrotar Jaldabaoth e levar as criadas sobre o meu controle, entendeu? Seria muito difícil fazer tudo no Reino Arcano. Além disso, no que diz respeito à pergunta do capitã Custodio, sou mais forte que Momon."

"Então, não deve haver problemas com isso, Gustav."

"Claro que há problemas com isso! Sua Majestade! Essa brincadeira é realmente muito desagradável para nós!"

O vice-capitão apertou seu intestino enquanto gritava isso.

"Isso não é brincadeira. Ninguém além de mim pode derrotar Jaldabaoth. Além disso, eu irei sozinho. Não vou trazer um exército comigo. Portanto, vim sozinho para discutir o assunto em particular com você."

"Mas se Sua Majestade sofrer uma lesão irrecuperável de Jaldabaoth, isso seria muito ruim para a relação entre nosso país e o Reino Arcano!"

"É, é como Gustav diz. Sua Majestade, realmente não há problemas a esse respeito?"

"Nenhum mesmo."

"Mas-"

"-Gustav! Ainda estou falando. Não me interrompa!" Depois de segurar a mão para parar Gustav, Remedios inclinou-se profundamente.

"Então, estaremos aos cuidados de Sua Majestade."






O ar na sala se acalmou, como se uma tempestade tivesse acabado de passar - e de fato, tinha - mas o grito de Gustav ecoava nas paredes.

"O que você está pensando!? Recrutando um rei! O rei de um país! Para lutar contra Jaldabaoth e outras coisas!"

Neia concordou com ele.

Ele pode não operar por sensibilidades comuns, mas isso simplesmente não é sensato.

Em meio a tudo isso, Remedios falou calmamente.

"Diga-me, você acha que importa o que acontece com os mortos-vivos?"

A sala ficou em silêncio uma vez mais.

"... Você tem um demônio e tem um morto-vivo. Independentemente de quem é exterminado, não nos prejudicamos. Você não acha?"

Os olhos de Gustav aumentaram. Esta não era a aceitação da opinião de sua capitã, mas sim o choque com o que sua Capitã acabou de dizer.

"Ambos são inimigos da humanidade. Então, seria melhor se ambos os lados se destruíssem... dito isso, nos não vamos apenas sentar e colher os lucros. Mesmo que o Rei Bruxo seja ferido até a morte por Jaldabaoth, não aproveitaremos a situação. No entanto, isso é tudo.'

A voz de Remedios ficou mais alta.

"...Capitã. Se o Rei Bruxo, que controla tantos mortos-vivos, é destruído, então, quando esses mortos-vivos forem liberados, isso não causará uma quantidade gigantesca de estragos?"

"Quando chegar a hora, o Reino, o Império e a Teocracia os resgatarão. Claro, nós faremos o nosso melhor para ajudá-los também, mas o Reino Santo foi agoniado por Jaldabaoth. Até que nosso país recupere sua força, tudo o que podemos fazer é motivá-los ... Desse ponto de vista, nosso país aguarda mais com um choque entre Jaldabaoth e o Rei Bruxo... "

"-Capitã!" O rosto de Gustav era rígido enquanto falava. "Como isso é justiça?"

"Isto é. É tudo por causa da nossa nação. É para salvar as pessoas que sofrem. Não é como eu espero que as sementes do sofrimento se espalhem para outros países. Desejo também a vitória do Reino Arcano enquanto ajuda o Reino Santo."

'Quem é essa?' Neia pensou enquanto olhava para Remedios, que estava falando tudo isso em um tom tranquilo e estável.

Era realmente a Capitã dos paladinos do Reino Santo, Remedios Custodio?

Neia não era muito clara sobre sua situação. Afinal, ela sempre a estava olhando de longe. No entanto, sentiu que era uma pessoa completamente diferente da capitã que tinha ouvido falar.

"Gustav, você não se opõe, certo? Se você pode aceitar isso, então devemos considerar nossos próximos movimentos."

"Próximo movimento, você diz?"

"... Nós temos que pensar sobre como fazer uso apropriado do Rei Bruxo."

Um arrepio escorria pela espinha da Neia.

'Por que estou ouvindo uma conversa assim?' Neia pensou. Não, ela não estava sozinha. Olhando por aí, viu que os paladinos que estavam perto dela tinham a mesma expressão em seus rostos. Neia deve ter olhado do mesmo jeito.

"Gustav, você tem alguma ideia?"

"Não, não, absolutamente não. Não devemos pensar sobre o que devemos fazer depois de levar o Rei Bruxo de volta conosco?"

"Bem, se o Rei Bruxo não mentiu, então ele realmente pode lutar contra Jaldabaoth, então devemos retomar a capital? E podemos lhe pedir para derrotar Jaldabaoth logo após isso."

"... Isso seria péssimo. Sua Majestade disse que pretende derrotar Jaldabaoth, reivindicar a empregada por ele próprio e depois retornar ao seu país. Portanto, devemos deixar a derrota de Jaldabaoth para o último, a fim de obter os maiores benefícios ... Se seguimos sua sugestão, capitã, não teremos força para derrotar os semi-humanos restantes."

"Então, o que você propõe?"

Gustav fez uma pausa para pensar, e então ele fez uma sugestão.

"Vamos aumentar nossos números primeiro. Em outras palavras, precisamos resgatar nossos conterrâneos capturados dos campos."

"Entendo! Uma excelente ideia. Afinal, existem pessoas importantes que precisamos resgatar."

"Você quer dizer os membros da família real, certo?"

Remedios concordou com a cabeça.

Embora a Santa Rainha já tenha morrido, eles não receberam notícias de que toda a família real estava morta. Se um deles ainda estivesse vivo, talvez eles pudessem usá-los como uma figura de proa, e talvez ganhassem a plena cooperação dos nobres do sul.

Figura de Proa, Calca Bessarez, Santa Rainha †

"Além disso, os nobres que podemos resgatar certamente prezarão seus libertadores."

A maioria dos nobres não expressou sua aprovação pela Santa Rainha, e, segundo o entendimento da capitã, não havia ninguém lá que gostasse dela. No entanto, deve haver alguns nobres do norte com laços de sangue com os nobres do sul. Se eles fizessem um favor, eles deveriam ser capazes de fazer um pedido formal aos nobres do sul.

Remedios olhou para Neia.

"Escudeira Neia. Acompanhe o Rei Bruxo. Certifique-se de influenciá-lo a nossa causa."

"Hah? Haaah!?? Por favor, espere! Eu não posso servir um rei ou algo como uma escudeira!"

"Tudo o que você precisa fazer é trabalhar duro nisso, não é?"

"Isso não é uma questão de trabalho duro!"

Geralmente, ela teria concordado imediatamente, mas agora estava tentando desesperadamente recusar. Não era algo que ela aceitasse casualmente. Deve haver algo errado com a cabeça de Remedios.

"Is-Isso mesmo! Capitã", Gustavo falou. "Se não temos alguém com status apropriado para servir como sua serva, isso será tomado como um insulto a Sua Majestade."

"... quantas outras mulheres estão lá no Exército de Libertação?"
N/T: ELRS, Exército de Libertação do Reino Santo.

As mulheres que não conseguiram lutar tinham fugido faz muito tempo para o sul. Contudo, isso não era como dizer que não existiam. O exército de libertação ainda tinha algumas mulheres entre elas. Gustav estava prestes a nomear algumas delas quando a Capitã o cortou.

"Precisamos de uma mulher paladina. Se eu ordenei uma mulher do sacerdócio, o que você acha que os templos fariam? Você sabe que minha irmã não está mais por aí? Além disso, a pessoa para este dever deve ser escolhida de pessoas que estão presentes e que ouviram meus pensamentos. Podemos forçar isso para um terceiro?"
N/T: Neeeeeeeeeeee-saaaaaaamaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

'Então, em vez disso, você está empurrando para mim, certo?' Neia pensou, mas não disse.

"Nesse caso…"

Gustav olhou para a Capitã.

"Eu preciso lutar na linha da frente, entende? Além disso, você quer que eu acompanhe o Rei Bruxo ? Ou devemos ceder toda autoridade ao Bruxo?

"Mesmo que o usemos, não podemos simplesmente ir e fazer isso, certo? Haverá problemas com a confiança, e se o Rei Bruxo vê que não temos poder de luta e decide conquistar o Reino Santo enquanto isso..."

Depois de ver o Gustav com a língua presa, Neia percebeu o fato de que seus aliados poderiam acabar voltando atrás.

"-Entendido. Embora eu possa não ser suficiente para a tarefa, vou trabalhar duro e fazer o meu melhor."

"Ah. Vou lhe dizer isto primeiro. Sua missão é tornar o Rei Bruxo mais fácil de usar. Seja atenciosa e mantenha-o de bom humor."

Este não era mais um pedido impossível. Era simplesmente um completo absurdo. Ela não tinha confiança de que pudesse fazer tal coisa. No entanto, não importa o que ela dissesse Remedios não mudaria de ideia. Neia empenhou a cabeça com aceitação.

"Entendido! Eu farei o meu melhor para alcançar esse objetivo, e espero poder contar com a ajuda de todos aqui."

"Boa. Se precisar de alguma coisa, basta procurar por mim ou por ele."

Mesmo quando o desespero encheu seu coração, Neia ficou surpresa por ela estar realmente se sentindo um pouco entusiasmada.



'Sua Majestade, hein...'





Curti editar ela. Abçz


Sá sem hora, que parte gigante. Caso encontre algum erro, ou tenha alguma dúvida comente dando o feedback. Abçz




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